quinta-feira, janeiro 29, 2009

Carta publicada no suplemento Folha Equilíbrio de hoje:

"A sensação de o tempo passar mais rápido no decorrer da vida ocorre porque o tempo está relacionado à nossa mente: nos primeiros meses de vida, ele não existiria; com o desenvolvimento do raciocínio, julgamos o tempo proporcionalmente à idade. Assim, ao falar a uma criança de três anos que o Natal será em 12 meses, ela acha muito, pois um ano equivale a 1/3 da vida dela; para alguém de 30 anos, seriam 1/ 30; para outro de 60, 1/60. Isso explicaria o encurtamento do tempo quando envelhecemos."
FRANCISCO FRANÇA CAMARGO FILHO

Faz sentido, não faz?

segunda-feira, janeiro 26, 2009

Assisti "O curioso caso de Benjamin Button", que, se eu tivesse que resumir em uma palavra, diria que é um filme bonito. E eu não estou falando apenas do Brad Pitt (aliás, parabéns, Brad!). A fotografia, cenografia e figurino do filme são lindos e os textos também são sensacionais, como esta carta do Benjamin para sua filha:

"For what it's worth: it's never too late or, in my case, too early to be whoever you want to be. There's no time limit, stop whenever you want. You can change or stay the same, there are no rules to this thing. We can make the best or the worst of it. I hope you make the best of it. And I hope you see things that startle you. I hope you feel things you never felt before. I hope you meet people with a different point of view. I hope you live a life you're proud of. If you find that you're not, I hope you have the strength to start all over again."

O filme é longo (quase 3 horas), mas não é à toa que está concorrendo a 13 Oscars.

terça-feira, janeiro 20, 2009

Como fazer poesia em quadrinhos
Uma aula de Fabio Moon e Gabriel Bá (veja mais clicando sobre os nomes)

segunda-feira, janeiro 19, 2009

Todo começo de ano é igual: começa o BBB e aparece um monte de eu-quero-ser-intelectual, dizendo que o programa é uma merda, devia acabar, que causa imbecilidade em quem assiste e mais aquele monte de coisas que você já deve ter ouvido algum conhecido dizer. Não entendo tanta gente culta nesse mundo e a TV Cultura dando traço de audiência, mas...

Não assisto o BBB. Mas não porque eu tenho uma tese chata comprovando que o programa é ruim. Não assisto simplesmente porque não gosto. Assim como odeio o Chaves, não suporto o Bob Esponja e, ultimamente, não acompanho mais novelas. Mas nada contra quem gosta. Não acho que as pessoas que gostam são mais ou menos burras do que eu. Como bem diz minha mãe, eu critico novela, mas assisto um série de TV em que a ilha muda de lugar.

E, vale lembrar, o papel da televisão não é educacional. Quem educa é a família e a escola. Quando ambos funcionarem, talvez a televisão comece a mudar, assim como a imprensa, a política e vários outros aspectos da vida em sociedade.

Enfim, como todos sabem, gosto é como... umbigo! Cada um com o seu. E chega dessa chatice de julgar a pessoa pelo que ela assiste na TV ou ouve no MP3 player.

terça-feira, janeiro 13, 2009


"Acredito cada vez mais que nosso amor pelas pessoas não é condicionado à virtude delas"

Hugh Larie, o cara que interpreta dr. House, explica porque as pessoas adoram o odiável médico

segunda-feira, janeiro 12, 2009

Estava demorando para aparecer uma passeata pela paz na Faixa de Gaza. E eu, que já acho sem sentido passeatas pela paz no Rio de Janeiro ou em São Paulo, nem preciso dizer o quanto eu considero essas ações inúteis, né? Sim, porque basta uns 3 mil brasileiros saírem andando pela Paulista para sensibilizar o Hamas e o governo de Israel.

Eu podia parar por aí, mas os caras - que, lembrem-se, estão caminhando pela paz - resolvem QUEIMAR a bandeira de Israel! Isso serve até para entender como uma guerra começa. Porque imaginem se esses caras, que lutam pela paz, tivessem mais do que fósforos e isqueiros? Imaginem se eles tivessem bombas? É provável que atacassem algum bairro judeu em São Paulo. Mas tudo em nome da paz, claro.

terça-feira, janeiro 06, 2009

Melhor comentário da semana
(que mal começou...)


Eu: Pra viajar tranquila, tive de fazer um monte de coisa no carro. Alinhamento, balanceamento, troca de óleo...
Ele: Mas isso precisa fazer mesmo, não é só pra viajar.
Eu: Eu sei que precisa, mas eu não gosto.
Ele: Mas nessa vida a gente não faz só o que gosta. Eu não gosto de fazer cocô, mas faço.

segunda-feira, janeiro 05, 2009

Abaixo do já "consagrado" Olha Só! (oh, como eu sou famosa...), dei um subtítulo ao meu blog: Discutindo o indiscutível. Porque discutir é um dos meus passatempos prediletos, incluindo aí os temas religião, futebol e política (conhecidos como os que não se discute).

Tenho opinião formada sobre muitos assuntos. Mas não me acho dona da razão e não me importo em aceitar novos pontos de vista e mudar de opinião. Diferente de muita gente, não fere o meu orgulho ou faz com que eu me sinta menos esperta, aceitar os argumentos de outra pessoa e dar-lhe a razão que eu achava que tinha.

Mas isso só acontece quando uma discussão realmente acontece. E ela só acontece quando há pessoas inteligentes expondo opiniões, fazendo com que as outras pessoas olhem de uma outra forma o mesmo assunto. Infelizmente, nem sempre isso acontece.

Vou usar como exemplo um tema recorrente nas minhas discussões: Engenheiros do Havaí. Eu odeio. Acho a pior banda da música brasileira. Perde até para o É o Tchan. Humberto Gessinger é péssimo músico, péssimo vocalista e prefiro nem expressar minha singela opinião sobre suas composições.

Mesmo com tanto ódio em meu coraçãozinho, já ouvi argumentos muito interessantes sobre essa porcaria de banda. Não, não mudaram minha opinião, mas fazem sentido o que me faz respeitar as pessoas que as apresentaram.

Por outro lado, já ouvi coisas como: "pô, mas você gosta de Leo Jaime, não pode falar de Engenheiros". E quando me deparo com esse tipo de resposta, tiro logo uma conclusão: se nem uma pessoa que gosta da banda consegue um argumento para defendê-la, então eu devo ter razão. E a pessoa... bem, digamos que eu passo a considerá-la um pouco burra, o que ratifica a minha opinião: pra gostar de Engenheiros, só sendo meio bobo mesmo.

Não adianta atacar os meus gostos, apontar meus defeitos e falar mal sobre a minha vida pessoal. Os Engenheiros ainda estarão lá, cantando versos do tipo "paralelas que se cruzam em Belém do Pará". A melhor resposta é sempre um bom argumento. Não só para defender o talento poético do Gessinger, mas em qualquer outra discussão.