quinta-feira, maio 05, 2011

quinta-feira, março 24, 2011

O banho de xampu
Elizabeth Bishop
Tradução de Paulo Henriques Britto


Os liquens - silenciosas explosões
nas pedras - crescem e engordam,
concêntricas, cinzentas concussões.
Têm um encontro marcado
com os halos ao redor da lua, embora
até o momento nada tenha mudado.


E como o céu há de nos dar guardia
enquanto isso não se der,
você há de convir, amiga,
que se precipitou;
e eis no que dá. Porque o Tempo é,
mais que tudo, contemporizador.


No teu cabelo negro brilham estrelas
cadentes, arredias.
Para onde irão elas
tão cedo, resolutas?
- Vem, deixa eu lavá-lo, aqui nesta bacia
amassada e brilhante como a lua.

segunda-feira, março 14, 2011

Aí aparece um gaúcho idiota, atropela vários ciclistas como se a vida de cada um não valesse nada, e TODOS os motoristas passam a ser julgados e condenados.

A merda da generalização.

Sim, existem motoristas imbecis, mas o que tem de ciclista andando na contra-mão, queimando farol vermelho e andando à noite sem uma luzinha sequer, eu nem te conto. Ou seja, não me venham com essa história de direitos iguais no trânsito, que ciclistas têm direito à rua como os carros. Isso só vai acontecer no dia que bicicletas tiverem placas e puderem ser multadas como eu sou sempre que faço uma coisa errada. Ah, e ciclistas forem obrigados a tirar carta para dirigir por aí. Porque motoristas precisam fazer provas - teórica e prática - para provar que podem andar pelas ruas.

Enquanto não acontecer, eu mantenho a opinião de que ciclistas se restrinjam às ciclovias. E quando quiserem pedalar em grupo pela cidade, que avisem a CET para que avisos sejam dados aos motoristas. Porque ciclistas também fazem coisa errada e podem causar acidentes, sim. Então é melhor garantir a segurança de todos.

Adivinha de quem será a culpa se eu atropelo um ciclista que decidiu pedalar na contra-mão, sem nenhum sinal luminoso à noite? Claro que é do monstro motorizado, né? Pobrezinha da bicicleta.

Querem direitos iguais, amigos do pedal? Terão de assumir deveres iguais também.

segunda-feira, fevereiro 07, 2011

Uma das coisas mais interessantes do filme "Cisne Negro" é que, em alguns momentos, a gente consegue se colocar no lugar da protagonista. Esse devia ser um exercício diário de todo ser humano.

Alguns críticos disseram que o filme é exagerado. Mas quem pode julgar o exagero do outro? Para cada ação, há uma reação, mas ela pode ser totalmente diferente de acordo com cada pessoa.

Meu conselho é: vejam o filme, porque é sensacional sob diversos aspectos. Mas não julguem. E continuem treinando a compreensão e a tolerância.

domingo, janeiro 16, 2011

Um dia, enquanto a minha mãe assistia uma das novelas dela, eu criticava o enredo e os personagens, enchia o saco dela e dizia que aquilo era muito sem sentido. Foi quando ela virou pra mim e disse:

- Ariett, você assiste um seriado em que a ilha muda de lugar.

E desde então eu nunca mais julguei o gosto das pessoas.

terça-feira, janeiro 11, 2011

Em São Paulo, quem usa transporte público sofre com o preço da tarifa, a superlotação e a qualidade cada vez pior dos serviços oferecidos.

Quem pode usar o carro tem que enfrentar os engarrafamentos espalhados por todas as regiões da cidade, pagar IPVA caríssimo e ainda aguentar um troço chamado inspeção veicular (hoje saiu no jornal que o prefeito pensa em criar a inspeção mecânica também).

Quem opta pela bicicleta não tem ciclovia e atura o desrespeito dos motoristas e motociclistas.

Quem decide então andar a pé, além de precisar de um bom preparo físico (já que nada é perto em São Paulo), precisa ter coragem já que não se tem segurança em lugar nenhum dessa cidade.

O que fazer?

terça-feira, janeiro 04, 2011

Dia 25 de dezembro, é tradição na minha família jogar bingo. Nesse ano, até a Bibi, do alto dos seus 7 anos, participou.

Mas na terceira rodada, chamaram o primeiro número e ela não marcou. Chamaram o segundo, o terceiro, o quarto e nada. Aí ela não se segurou:

- Minha cartela tá quebrada. Quero trocar!