sexta-feira, dezembro 17, 2010

Eu juro que eu queria postar o vídeo aqui, mas o Youtube não quer deixar... Mas procurem pela versão do filme "Love Actually".


All I want for Christmas

I don't want a lot for Christmas
There's just one thing I need
I don't care about the presents
Underneath the Christmas tree
I just want you for my own
More than you could ever know
Make my wish come true
All I want for Christmas is...
You

I don't want a lot for Christmas
There's just one thing I need
I don't care about the presents
Underneath the Christmas tree
I don't need to hang my stocking
There upon the fireplace
Santa Claus won't make me happy
With a toy on Christmas day
I just want you for my own
More than you could ever know
Make my wish come true
All I want for Christmas is you
You baby

I won't ask for much this Christmas
I don't even wish for snow
I'm just gonna keep on waiting
Underneath the mistletoe
I won't make a list and send it
To the North Pole for Saint Nick
I won't even stay awake to
Hear those magic reindeers click
'Cause I just want you here tonight
Holding on to me so tight
What more can I do
Baby all I want for Christmas is you
Ooh baby
All the lights are shining
So brightly everywhere
And the sound of children's
Laughter fills the air
And everyone is singing
I hear those sleigh bells ringing
Santa won't you bring me the one I really need
Won't you please bring my baby to me...

Oh I don't want a lot for Christmas
This is all I'm asking for
I just want to see my baby
Standing right outside my door
Oh I just want you for my own
More than you could ever know
Make my wish come true
Baby all I want for Christmas is...
You

quarta-feira, novembro 17, 2010

LUIZ FERNANDO VIANNA

Leide, Renato e Dilma
RIO DE JANEIRO - Leide Moreira, 62, perdeu os movimentos por conta de uma doença degenerativa e precisa de ajuda alheia ou de aparelhos para se comunicar, respirar e até piscar.
Tantos obstáculos não a impediram de ir ao show de Ney Matogrosso no último domingo, no Sesc Pinheiros, e se emocionar, como relatou Laura Capriglione em belo texto publicado ontem na Folha.
Renato de Souza Ferreira morreu na quinta-feira passada, aos 26 anos, em Recife. Antes, porém, sabendo-se sem chances contra um câncer renal, tratou de casar com a mulher amada, segundo reportagem de Letícia Lins publicada domingo no "Globo".
A festa inaugurou a "caixa de desejos" do Imip (Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira), que vem desenvolvendo um trabalho de cuidados paliativos, ala fundamental voltada para dar alento em vez de agonia aos doentes terminais.
As histórias de Leide e Renato -que, numa leitura superficial, poderiam ser sobre morte- imprimiram vida às páginas de jornal num momento em que se gastam boas doses de tinta em especulações sobre o ministério de Dilma Rousseff.
Ela tem dado sinais de que não está com pressa de anunciar nomes, mas, por necessidade (informar algo ao leitor sobre um tema relevante) ou inércia, continuamos fazendo girar o rondó de fofocas que se autoalimenta: políticos usam a imprensa para divulgar suas vontades, e pelos jornais ficam sabendo das vontades dos rivais.
O silêncio de Leide na plateia de Ney e a decisão de Renato de casar são mais expressivos e saudáveis do que as caixas de desejos do PMDB e de seus similares.
"O hoje pode não ser o amanhã, e o amanhã pode ser tarde demais", ensinou Renato a quem tem calma para ouvir.

sábado, novembro 13, 2010

Ontem, no HSBC, Lulu Santos solta essa:

"Os jornalistas especializados sempre me fazem um pergunta: você não cansa de tocar suas músicas antigas? E eu sempre respondo:
1. Não.
2. Por que haveria de?
3. O que cansa mesmo é responder essa pergunta idiota tantas vezes."

Espero que o Lulu continue sendo esse cara fino, elegante e sincero. E cante os clássicos sempre porque a gente também não cansa de ouvir.

terça-feira, novembro 09, 2010

Durante o treinamento que eu participei para trabalhar como voluntária em um hospital pediátrico, uma das coisas que mais reforçavam com a gente eram as promessas. Os palestrantes sempre diziam para nunca prometermos o que não dava para cumprir. "Não diga que vai voltar na semana que vem, se não tem certeza", "não fale que vai trazer um doce sem saber se a criança pode comê-lo", "não prometa um presente se não terá dinheiro para comprar".

Parece fácil, né? Na prática, não é. Acabei levando isso para a vida, aprendi que sinceridade é sempre melhor. pode até doer, mas dói menos que a frustração da expectativa não cumprida.

Outro dia, saí para passear com um dos meninos mais queridos que eu já conheci. Mas sabia que era uma despedida. No fim do passeio, quando ele começou uma frase dizendo "na próxima vez...", deixei claro que essa próxima vez não ia acontecer. Ah, sim, me senti a pior das criaturas. Mas ia adiantar a gente planejar a próxima sabendo que ela NUNCA iria acontecer?

No fundo, eu acho que eu faço isso porque era assim que eu gostaria que as pessoas agissem comigo. Mas o mundo não é um espelho, né?

domingo, outubro 17, 2010

Eu tenho problemas para comprar desodorante ultimamente. São várias opções, cada uma com uma vantagem: diminuição de pêlos, clareamento da axila, pele mais macia, enfim, uma infinidade de promessas, que a gente nunca sabe se é verdade mesmo, mas acaba pagando - literalmente - para ver.

Esse é um dos aspectos do tal marketing, a ciência que estuda as formas de convencer o consumidor.

Quando é para vender desodorante, ok, é quase inofensivo. O problema é quando essas "técnicas" invadem, de forma tão agressiva como agora, a escolha dos políticos que vão para o Senado, para a Câmara e para a Presidência da República.

No fim, seja com desodorantes ou com candidatos, a sensação é que o conteúdo é igual, só muda o perfume.

sexta-feira, outubro 15, 2010

Por que eu amo ir para a Letras?

Porque em cada aula, a gente recebe pérolas como essa:

"Temos o direito a sermos iguais quando a diferença nos inferioriza. Temos o direito a sermos diferentes quando a igualdade nos descaracteriza."
Boaventura de Souza Santos

quarta-feira, outubro 06, 2010

Hoje é dia de Bon Jovi!

Someday I'll Be Saturday Night
Bon Jovi

Hey, man I'm alive I'm takin' each day and night at a time
I'm feelin' like a Monday but someday I'll be Saturday night

Hey, my name is Jim, where did I go wrong
My life's a bargain basement, all the good shit's gone
I just can't hold a job, where do I belong
I'm sleeping in my car, my dreams move on

My name is Billy Jean, my love was bought and sold
I'm only sixteen, I feel a hundred years old
My foster daddy went, took my innocence away
The street life aint much better, but at least I get paid

And Tuesday just might go my way
It can't get worse than yesterday
Thursdays, Fridays ain't been kind
But somehow I'll survive

Hey man I'm alive I'm takin' each day and night at a time
Yeah I'm down, but I know I'll get by
Hey hey hey hey, man gotta live my life
Like I ain't got nothin' but this roll of the dice
I'm feelin' like a Monday, but someday I'll be Saturday night

Now I can't say my name, and tell you where I am
I want to roll myself away, don't know if I can

I wish that I could be in some other time and place
With someone elses soul, someone elses face

Oh, Tuesday just might go my way
It can't get worse than yesterday
Thursdays, Fridays ain't been kind
But somehow I'll survive

Hey, man I'm alive I'm takin' each day and night at a time
Yeah I'm down, but I know I'll get by
Hey hey hey hey, man gotta live my life
I'm gonna pick up all the pieces and what's left of my pride
I'm feelin' like a Monday, but someday I'll be Saturday night

Saturday night Here we go
Some day I'll be Saturday night
I'll be back on my feet, I'll be doin' alright
It may not be tomorrow baby, that's OK
I ain't goin' down, gonna find a way, hey hey hey

Hey man I'm alive I'm takin' each day and night at a time
Yeah, I'm down, but I know I'll get by
Hey hey hey hey, man, gotta live my life
Like I ain't got nothin' but this roll of the dice
I'm feelin' like a Monday, but someday I'll be Saturday night
I'm feelin' like a Monday, but someday I'll be Saturday night
Saturday night ,all right, all right
Saturday night

terça-feira, agosto 10, 2010

Não há nada mais difícil no mundo que se colocar no lugar do outro e tentar entender as atitudes. Ainda mais quando estamos do lado oposto de uma discussão, de uma eleição, de um jogo, seja o que for. A tendência é sempre criticar e julgar. Compreender é uma arte para poucos. Já a visão limitada é item de série do ser humano.

quarta-feira, agosto 04, 2010

Um jogador mequetrefe do Santos aparece na Internet dizendo que o que ele gasta com comida de cachorro é mais que o salário do mês de um torcedor. E diz como se isso o tornasse superior às outras pessoas. Como se ganhar mais dinheiro automaticamente o transformasse uma pessoa melhor do que os ganham salário mínimo.

Muitos ficaram chocados (e eu me incluo nessa). Outros defendem o boçal dizendo "ah, ele é jovem ainda". Mas desde quando juventude é justificativa para falta de respeito? Para ignorância? Tá cheio de gente defendendo cadeia para menores de 16 que praticam crimes, mas na hora que um jogador de futebol fala uma bobagem como essa, aparecem para inocentá-lo pela ingenuidade da juventude.

E o pedido de desculpa do "menino da Vila" foi ainda pior. Ele disse algo do tipo "se alguém acha que eu errei, eu peço desculpa". Como assim se alguém acha que ele errou? Ele acha que fez certo? Não viu nada de errado no que disse? Será que ele realmente não tem idade suficiente para analisar o que ele classificou como brincadeira?

Por ensinarem esses "meninos" que dinheiro é a coisa mais importante da vida que o futebol produziu aberrações como o tal Bruno.

terça-feira, julho 27, 2010

Eu sei, mas não devia
Marina Colasanti

Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.

A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.

A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.

A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.

A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagar mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.

A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.

A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.

A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.

A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.

*Ouvi o Juca de Oliveira recitando esse texto no quadro "Devaneio", da Bandnews, hoje, e não resisti a publicá-lo.

sexta-feira, julho 16, 2010

Há bem pouco tempo, eu estava pedindo emoções. Hoje, já não sei se as quero. Algumas vieram e foram muito bem-vindas, como mais uma mudança de emprego. Não estava feliz no ex-emprego e é sempre bom para a auto-estima profissional ser aprovado em uma entrevista sem precisar de Q(uem) I(ndica).

Outras emoções eu dispensaria. Mas eu pedi e elas vieram mesmo. Como o rei Roberto Carlos, já chorei e já sorri. E sobrevivi, ao menos por enquanto. As cenas do próximo capítulo ainda são imprevisíveis, mas confesso que pensei em colocar um belo THE END nessa novela. Mas quem tem coragem quando há tantos sentimentos envolvidos(tantos que nem sei definir quais).

Prometo contar mais sobre tudo isso em breve. Eu deixo de escrever nesse blog só porque eu esqueço o quanto isso me faz bem. Mas depois desse post, lembrei e quero voltar logo.

quarta-feira, junho 16, 2010

Depois da convocação do Dunga, ao menos, uma unanimidade entre os comentaristas de futebol: quem vai salvar o Brasil é o Kaká, o Robinho e o Luís Fabiano. Para todos eles, os caras que mais entendem de futebol, o resto do time era uma porcaria.

E na estréia do Brasil, os gols saem de Maicon e Elano, possibilidades que nenhum deles cogitou. Vamos torcer para eles continuarem errando.

terça-feira, junho 08, 2010

É tanta informação que a gente recebe hoje, que as pessoas começam a misturar as estações. Hoje, por exemplo, lançaram o clipe novo da Lady Gaga (tá, eu confesso, adoro "Alejandro"). Aí, uma enxurrada de críticas, elogios, sugestões e piadas invade instantaneamente a Internet.

E quem perdeu o timing e não deu seu pitaco, resolvi dar pitaco no que os outros escreveram. Apareceu até gente no Twitter dizendo "vão ler o perfil dos candidatos a presidente em vez de reclamar da Lady Gaga". Como assim? Uma coisa elimina a outra? Eu não posso falar mal da Lady Gaga e saber a biografia dos presidenciáveis?

Se eu assisto o Pânico e morro de rir com o Charles Wikipédia e o Freddie Mercury prateado significa que eu não sei o que está acontecendo no mundo? Se eu fico chorando igual a uma boboca vendo o episódio final de Grey's Anatomy quer dizer que eu não faço mais nada da vida?

Os patrulheiros virtuais estão em todos os lugares. E eu acho a coisa mais chata da Internet.

sábado, maio 29, 2010

Minha irmã virou motoqueira. Ela diz que o trânsito é mais fácil e a vida é mais barata de moto.

Eis que hoje ela estava descendo a avenida perto de casa e um policial a mandou parar. Ela estava de capacete e toda agasalhada, ele nem viu direito quem era. O policial pediu que ela tirasse o capacete e mostrasse os documentos dela e da moto.

Só quando ela tirou o capacete, ele viu que era uma mulher. E antes mesmo que ela pegasse os documentos, que estava no baú da moto, ele pediu desculpa e mandou ela seguir.

Essa é a polícia é a consequência de anos de governo do PSDB, que chegou ao seu ápice no governo Serra. É a polícia que acha que se a pessoa que dirige a moto é mulher, não pode ser uma criminosa. É a polícia que mata um motoboy só porque ele é pobre. É a polícia que invade universidade e dispersa passeata de professores, mas nunca está por perto quando a gente precisa.

Nem segurança, nem educação, nem saúde. O Brasil melhorou e São Paulo continua na lesma lerda.

terça-feira, maio 25, 2010

E depois do U2, hoje quem me emocionou foi o Barão Vermelho. Indo pra USP, começa a tocar "Flores do mal" no rádio. E eu chorei, sozinha, no carro, ouvindo "não me atire no mar de solidão/você tem a faca, o queijo e o meu coração nas mãos."

Triste e lindo.

segunda-feira, maio 24, 2010

E aquela música do U2 que diz "I still haven't found what I'm looking for" faz cada vez mais sentido. Mas o still tem que terminar em algum momento, não? Uma hora, a gente acha o que procura.

Só estou cansada de buscar. E de tentar achar novos caminhos.

terça-feira, maio 11, 2010

Tem coisa mais chata que gente que fica tesourando palpites? Ainda mais quando o assunto é algo artístico e subjetivo. São aquelas pessoas que quando você diz que adorou um filme, ele solta "mas a fotografia é muito ruim". Ou quando alguém comenta que acha uma banda uma porcaria, pergunta "você toca algum instrumento musical?".

É igual no futebol - que, para mim, é um tipo de arte, como qualquer esporte. Basta alguém escalar uma seleção que inclui jogadores que o chato não concorde, que lá vem ele dizer "ah, mas você não entende nada de futebol". Eu só posso dizer que isso é coisa de técnico de futebol frustrado.

Vou continuar palpitando sobre música, filme, livro e futebol o quanto eu quiser. Afinal, até os técnicos da seleção brasileira, que supostamente são os que mais conhecem os jogadores e conhecem de futebol, já cometeram erros fatais.

quarta-feira, abril 21, 2010

Ontem fui ao banco e tive de pegar a fila do caixa. Como haviam duas opções de fila, entrei na menor. Atrás de mim, surgiu um senhor todo vestido de branco, que devia ser médico ou dentista. Minutos depois, abre uma nova caixa e ela diz que a fila em que estávamos era para cliente Uniclass e o caixa que ela estava abrindo era para todos os outros. Pediu que fôssemos em ordem até lá.

Imediatamente, o médico saiu do lugar onde estava e foi para a nova fila, sem respeitar a ordem e passando na minha frente. Pior: ele era cliente Uniclass, ou seja, devia continuar na fila onde estava.

No mesmo dia, à noite, estava no ônibus, voltando da USP. Paramos no semáforo e logo apareceram os limpadores de pára-brisa. Um deles, com uma simpatia ímpar, começou a limpar a janela do ônibus, bem do meu lado. Trocamos umas palavras e sorrimos.

E foi aí que eu vi que conceitos de educação, respeito e caráter independem de classe social.

terça-feira, abril 20, 2010

Lá vou eu enfrentar o trânsito de São Paulo novamente. Sim, eu comprei um carro de novo. Ainda estou tentando decidir se a cidade é pior com o estresse dos engarrafamentos eternos ou com a falta de qualidade do transporte público.

Mesmo sem estar com saudade do trânsito, confesso que estou feliz com a aquisição.

terça-feira, março 30, 2010

Ontem, no ônibus, um cara resolveu ouvir som alto. E eu, que virei profissional em tratar esses maus elementos, não resisti e fui falar com ele:

- Oi, você sabe que não pode ouvir som alto no ônibus?
- Sei.
- Então, o problema não é falta de informação?
- Não.
- É falta de respeito mesmo, né?

Depois disso, ele levantou e desceu do ônibus. Mas antes de descer, olhou pra mim e disse que não era música, era a novela. O que, na minha opinião, só piorou a situação dele.

Se você pega ônibus todos os dias e também se incomoda com esses malas, reclame! Sempre dá certo.

segunda-feira, março 22, 2010

O "sub-nome" desse blog é Discutindo o Indiscutível, o que deixa claro que eu adoro saber o ponto de vista das pessoas, mostrar o meu e conversar sobre as diferenças.

Claro que, nesse processo, há a tentativa, de ambos os lados, de persuadir a outra pessoa a pensar como você. E quase sempre a tentativa dá em nada. Mas o que vale é a polêmica e as descobertas que surgem dela.

O único problema nisso tudo é que tem gente que não sabe brincar. Tem gente que acha que quem pensa diferente, automaticamente, é burro. Tem gente que não gosta de Big Brother então passa a taxar quem assiste de ignorante. Quem vota no PT acha que os eleitores do Serra são todos reacionários. Quem vota no PSDB diz que os eleitores da Dilma são comunistas.

Só vale lembrar: boa parte das merdas que já aconteceram na história do mundo têm raiz na intolerância. Será que não vale a pena aprendermos a respeitar o que é diferente?

quarta-feira, março 17, 2010

Enquanto muitos pedem pena de morte e querem que o assassino do Glauco morra, eu espero outra pena: gostaria que ele fosse preso na mesma cela que 50 fãs do Geraldão e que eles tenham vários cabos de vassoura, agulhas, pinças e outros instrumentos de tortura.

quarta-feira, fevereiro 10, 2010

Sexta-feira, saio correndo do trabalho para o cabeleireiro, me arrumar para o casamento da Bárbara e do Fábio. Maquiagem, penteado preso e meu vestido longo, colorido e lindo.

Chego na igreja e encontro Gabriela, minha já famosa afilhada, de 6-anos-quase-7:

- Gostou do meu vestido, Gabi?
- Você parece um arco-íris de topete.

Ah, a sinceridade das crianças...

terça-feira, fevereiro 02, 2010

Eu sempre tive a mania de interagir. Sabe aquela pessoa que fala com todo mundo? Que puxa papo com desconhecidos na fila de banco? Que onde chega, cumprimenta cada um e quer conversar e saber da vida de todos? Então, sou eu.

O problema é que nem sempre isso é tão legal quanto se pensa. Até porque eu falo demais. Ás vezes, eu digo o que não precisa ser dito. E outra: precisa de energia para interagir, portanto, cansa.

E eu juro que eu tentei parar com essa mania besta. Na minha última viagem para o Rio, assim que percebi que o cara sentado do meu lado queria interagir, fingi que estava dormindo. Mas isso foi na ida, porque na volta quem sentou do meu lado foi o Palhaço Querosene. Quem, em sã consciência, deixaria de bater papo com um palhaço de verdade?

Mas, voltando, eu continuo na luta para evitar a interação. Semana passada, tive uma recaída. Na fila do ônibus, o cara fez um comentário besta sobre a demora entre um coletivo e outro e foi suficiente para que eu desembestasse a falar. Quando eu percebi, era tarde demais, já era quase amiga de infância do cara.

Alguém me ensina a ser blasé?

segunda-feira, fevereiro 01, 2010

“O discurso sobre o fim do livro ou de uma cultura tradicional é coisa bem americana. Fastfood é uma porcaria, mas não acabou com a boa gastronomia.”

Milton Hatoum, escritor brasileiro

quarta-feira, janeiro 27, 2010

Certas músicas encaixam perfeitamente em sensações e sentimentos específicos que aparecem na nossa vida. Ultimamente, eu andava bem Pitty, cantarolando por aí "será que eu já posso enlouquecer ou devo apenas sorrir?".

Mas hoje eu acordei Gilberto Gil e minha mente escolheu, como tema do dia, os versos: "vamos fugir desse lugar, babe?".

terça-feira, janeiro 26, 2010

Fui assistir "Sherlock Holmes" no fim de semana. O filme é bacana, adorei as cenas que mostram o fluxo de pensamento do protagonista e já estou ansiosa pela continuação que certamente virá.

Porém, saindo totalmente do assunto enredo, obrigada papai do céu por nos dar o Robert Downey Jr.

sexta-feira, janeiro 15, 2010

Homens têm mania de dizer que mulheres são encanadas, que eles nem sabem a diferença entre celulite e estria e blá, blá, blá. Sempre que menciono minha preocupação com as unhas, aparece um pra dizer que homem nem nota cor de esmalte.

Eu acho que tudo isso é puro xaveco. E vocês? O que acham? Homens reparam ou não reparam?

terça-feira, janeiro 05, 2010

Cenas do fim de 2009 e começo de 2010
(só entende quem estava envolvido)

- Malas feitas em tempo recorde.

- Seleção musical escolhida a dedo para ouvir na estrada.

- Uma série de projetos para o prêmio da Megasena.

- É um Robocop? Ou um jet-ski?

- Pensa numa pessoa que está com desejo de comer peixe.

- Você conhece alguém com um estoque infinito de piadas? Eu conheço.

- Fila no mercadinho, fila na farmácia, fila na padaria. Mas o que importa é que estamos na praia!

- A mulher, desgostosa da vida, diz: "não sei o que eu venho fazer na praia. E vocês?". E eu respondo: "ah, eu sei".

- Virada do ano na praia. Mas cadê a balsa?

- E quando não havia mais esperança, a ceia de ano novo chega. Delivery!

- Cafuné no cabelo de céu estrelado.

- Chuva engana-bobo.

- Chuva que não engana ninguém.

- Otimismo exagerado.

- Nosso canal de TV favorito é o que tem só uma câmera, é preto e branco e não tem som. Mas, acreditem ou não, até isso nos diverte.

- Caipirinha de limão sem casca.

- Que falta faz um grampo!

- Massagem na perna. Bom para quem recebe, mas também para quem faz.

- Eu podia jurar que eu tinha comprado um pote de sorvete...

- E o gambá?

- Quem está em primeiro? Chico ou Vinícius?

- Insônia causada por histórias e hipóteses. E depois de muito falar, a conclusão é que não temos uma conclusão.

- Eu só sei que queria aprender a fazer olhar de apaixonada.

- Cenas proibidas para menores de 18 anos.

- Sol. Muito sol.

- Noel Galagher, do Oasis, na praia.

- Tem dois sabores de sanduíche: gostoso e delicioso. Mas o gostoso acabou. Também tem o the best of the best e o the most wonderful. Se você não fala inglês, I'm sorry.

- Será que tem muita bactéria no espetinho de camarão?

- E no milho verde?

- E no queijo coalho?

- Ó o Josué no coqueiro aí, meu!

- Estacionar, patrão?

- Fogazza de camarão.

- Caipirinha de maracujá.

- Cabelinho sabe-tudo, o rei da chatice, encontra sua alma gêmea no quiosque da Praia Grande. Novela da vida real.

- Ti-cum-dum, ti-cum-dum, ti-cum-dum, ti-cum-dum, ai meu peru, ai, ai, ai meu peru, ai, ai.

- Risos. Ou melhor, gargalhadas, daquelas que doem a barriga.

- Muito hidratante nas costas.

- Limpeza no apê e preparação para partir.

- Constantes apertos no peito e dores no coração.

- Retorno sem trilha sonora. A não ser pelo clássico "O rico e o pobre". Destaque para os poéticos versos "pinto de rico é pênis/pinto de pobre é piroca".

- Despedida no metrô. Mas já?

Que pena que acabou...