segunda-feira, outubro 23, 2006

Se você faz o tipo politicamente correto, melhor não ler esse post.

Mas se você gosta de rir da desgraça alheia (ou talvez da sua desgraça também), vá em frente.

Eu e meus colegas de trabalho somos pobres. Nascemos pobres e a pobreza não é algo que saia fácil do nosso ser. O problema é que trabalhamos ao lado do shopping mais chique de São Paulo, que é uma das diversões na hora do almoço.

Já aconteceram coisas bizarras nesse shopping porque, por mais que a gente tente disfarçar (na verdade, a gente não tenta, mas vamos fingir) tá na cara que somos pobres. Por isso, já fomos apontados por um grupo de ricos (algo do tipo: viu? isso é gente pobre!), perseguidos por seguranças, entre outras coisas. Isso porque a gente não sai muito do circuito C&A-Lojas Americanas-Mc Donald´s. No máximo, a gente dá uma passadinha na Saraiva.

Mas o que importa é que a gente já se acostumou e agora é a gente que ri dos ricos e, é claro, dos pobres que acham que são ricos. Porque tem gente que ainda acha que pode esconder. Desistam, amigos! Uma hora ou outra, a pobreza vai aparecer.

Hoje mesmo, andando no Iguatemi encontramos um cara vestindo calça social, camisa e gravata. Mas era pobre. E outro usando short, camiseta e tênis, mas claramente era rico. Porque a diferença não está na roupa. É todo um conjunto.

Vamos analisar outro caso: Jairzinho e Simony. A trajetória dos dois é a mesma, eles começaram juntos no Balão Mágico, formaram até uma dupla musical. Mas quando se separaram, a diferença apareceu. Simony é pobre. E hoje ganha a vida frequentando programas femininos vespertinos e contando sobre seus filhos: um com um presidiário, outro com um jogador de futebol e o terceiro eu não sei com quem é, mas deve ser com um pagodeiro, só pra completar o quadro pobre.

Já Jairzinho já é um cara rico desde antes de nascer, porque seu pai já era famoso. E veja o destino do cara depois da "parceria" com a Simony: é um cantor e produtor musical reconhecido pela qualidade do seu trabalho e ainda é casado com a Tania Khalil.

Pode comprar suas roupas na Daslu e depois ir almoçar no Fasano. Se você for pobre, as pessoas vão saber.

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