terça-feira, fevereiro 02, 2010

Eu sempre tive a mania de interagir. Sabe aquela pessoa que fala com todo mundo? Que puxa papo com desconhecidos na fila de banco? Que onde chega, cumprimenta cada um e quer conversar e saber da vida de todos? Então, sou eu.

O problema é que nem sempre isso é tão legal quanto se pensa. Até porque eu falo demais. Ás vezes, eu digo o que não precisa ser dito. E outra: precisa de energia para interagir, portanto, cansa.

E eu juro que eu tentei parar com essa mania besta. Na minha última viagem para o Rio, assim que percebi que o cara sentado do meu lado queria interagir, fingi que estava dormindo. Mas isso foi na ida, porque na volta quem sentou do meu lado foi o Palhaço Querosene. Quem, em sã consciência, deixaria de bater papo com um palhaço de verdade?

Mas, voltando, eu continuo na luta para evitar a interação. Semana passada, tive uma recaída. Na fila do ônibus, o cara fez um comentário besta sobre a demora entre um coletivo e outro e foi suficiente para que eu desembestasse a falar. Quando eu percebi, era tarde demais, já era quase amiga de infância do cara.

Alguém me ensina a ser blasé?

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