terça-feira, novembro 09, 2010

Durante o treinamento que eu participei para trabalhar como voluntária em um hospital pediátrico, uma das coisas que mais reforçavam com a gente eram as promessas. Os palestrantes sempre diziam para nunca prometermos o que não dava para cumprir. "Não diga que vai voltar na semana que vem, se não tem certeza", "não fale que vai trazer um doce sem saber se a criança pode comê-lo", "não prometa um presente se não terá dinheiro para comprar".

Parece fácil, né? Na prática, não é. Acabei levando isso para a vida, aprendi que sinceridade é sempre melhor. pode até doer, mas dói menos que a frustração da expectativa não cumprida.

Outro dia, saí para passear com um dos meninos mais queridos que eu já conheci. Mas sabia que era uma despedida. No fim do passeio, quando ele começou uma frase dizendo "na próxima vez...", deixei claro que essa próxima vez não ia acontecer. Ah, sim, me senti a pior das criaturas. Mas ia adiantar a gente planejar a próxima sabendo que ela NUNCA iria acontecer?

No fundo, eu acho que eu faço isso porque era assim que eu gostaria que as pessoas agissem comigo. Mas o mundo não é um espelho, né?

1 comentários:

Letícia disse...

Li em algum lugar que a sedução pode ser uma forma de violência. Em alguns casos, é sim.